A importância e o risco das vitaminas - Parte 3
- Fabíola Dias
- 12 de nov. de 2019
- 2 min de leitura

Este post é continuação da série sobre o consumo de vitaminas, que criamos com base na Revista Superinteressante.
Em 2013, a Associação Americana de Médicos publicou um artigo devastador, a começar pelo título: Basta: pare de desperdiçar dinheiro com suplementos de vitaminas e minerais. A publicação afirmava que a maioria dos suplementos não previne doenças crônicas ou morte, seu uso não é justificado e eles devem ser evitados. A afirmação se baseia em diversos estudos que comprovaram a relação entre o consumo excessivo de vitaminas e uma maior predisposição para o desenvolvimento de câncer.
Mas como as vitaminas, que são nutrientes essenciais à vida, poderiam causar câncer? A ciência ainda não sabe, mas há algumas teorias. A vitamina A age como antioxidante, ou seja, ela combate a oxidação (morte) das células. Só que isso nem sempre é desejável. Se aparecer alguma célula cancerosa no seu organismo, o ideal é que ela morra. As células cancerosas são metabolicamente muito ativas. Tomar mais vitaminas do que o pode servir para alimentá-las, promovendo seu crescimento
As vitaminas obtidas na comida e aquelas fabricadas em laboratório têm a mesma composição atômica, ou seja, suas moléculas são idênticas. Mas o organismo não absorve as duas da mesma forma. O nutriente presente na suplementação não é aproveitado pelo corpo como aquele presente no alimento. Isso ocorre porque, na comida, as vitaminas fazem parte de uma matriz alimentar, e atuam em sinergia com proteínas, gorduras, carboidratos e minerais.
Os estudos apresentam casos extremos. Não significam que qualquer pessoa que consome suplementos vitamínicos terá problemas de saúde por causa deles. Mas, se você procurar um médico e perguntar se deve ingerir esses produtos, certamente ele dirá que é melhor não – e o ideal é conseguir as vitaminas por meio da alimentação. É isso que nós vamos ver no próximo post da série.
Fonte: Super Interessante
Commenti