Como é feita a inspeção em navios de cruzeiro?
- Fabíola Dias
- 28 de fev. de 2020
- 2 min de leitura

A atual temporada de cruzeiros começou em outubro do ano passado e vai até o próximo mês de abril. A previsão é de 43 navios circulando pela costa brasileira. Uma parte dessas embarcações realiza percursos apenas entre os portos do Brasil, seguidos de escalas na Argentina e no Uruguai, durante a temporada. Os surtos de coronavírus estão causando um aumento no número de ações da Anvisa para inspeção desses navios. O objetivo é reforçar as ações para prevenção de surtos entre passageiros e a tripulação dessas embarcações.
Todos os navios de cruzeiro que atuam na costa brasileira são inspecionados pela Anvisa. Há três comprovações obrigatórias:
Declaração Marítima de Saúde, assinada pelo comandante ou por oficial tripulante por ele designado.
Certificado Sanitário de Embarcações (CSE), assinado pelo comandante ou por oficial tripulante por ele designado.
Lista de passageiros e tripulantes, com data e local do embarque.
Em caso de surto a bordo, os profissionais da Anvisa atuam em duas equipes separadas, uma com foco no controle da doença e outra na desinfecção dos ambientes. Para verificar as condições da embarcação, os servidores da Anvisa avaliam, por exemplo, o hospital de bordo. Nele é possível analisar a quantidade de atendimentos, bem como as condições de saúde dos passageiros que passaram por consultas no local.
Os navios devem notificar, diariamente, casos de suspeita de doenças transmissíveis a bordo. A equipe do Programa Nacional de Vigilância em Saúde para Navios de Cruzeiro realiza o monitoramento diário dos eventos de saúde pública que são notificados, a fim de proporcionar resposta rápida a possíveis eventos de saúde a bordo dessas embarcações.
As diretrizes adotadas pela Anvisa para a segurança sanitária a bordo de navios de cruzeiros estão detalhados no Guia Sanitário para Navios de Cruzeiro, e baseiam-se no Regulamento Sanitário Internacional (RSI) e na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 72/2009.
Fonte: Anvisa
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