#Séries Pratic 31: Como implantar rastreabilidade de alimentos?
- Fabíola Dias
- 5 de nov. de 2021
- 2 min de leitura

O processo de rastreabilidade dos alimentos passa por todas as etapas da cadeia produtiva e vai além da simples impressão de uma etiqueta para identificação de um produto. Uma vez que a cadeia se torna interdependente, os registros obtidos devem ser ordenados e estruturados e as soluções de tecnologia colaborativa passam a ser essenciais para que os resultados possam ser mensurados, gravados e reconhecidos por todos.
Não basta apenas ter anotações rabiscadas em um papel. É necessário que todos os dados relativos ao produto sejam anotados em planilhas de forma rigorosa. Dependendo do tamanho da empresa, é indicado que se contrate um serviço de tecnologia da informação para que seja feito um sistema coeso de rastreabilidade de alimentos.
Logo, torna-se necessária a implantação de uma linguagem comum entre todos os elos da cadeia de produção. Portanto, é importante o desenvolvimento de um mapa de dados, que deve conter todas as informações a serem rastreadas acerca de cada item. Assim, o produtor deve manter um registro de todas as informações sobre o processo de produção de seus alimentos, além dos compradores da sua produção e também deve manter guardadas as notas fiscais dos insumos utilizados e das vendas da produção.
Para se implementar o sistema de rastreabilidade de alimentos, é necessário o uso de softwares especializados e/ou planilhas eletrônicas para armazenar as principais informações. É fundamental montar um documento que descreva detalhadamente cada item rastreável, isto é, tudo o que a empresa recebe, produz e despacha.
Matéria-prima: Registro do recebimento de cada matéria-prima, contendo:
a data do recebimento;
a quantidade;
o lote;
e a sua origem/fornecedor.
Deve incluir também o registro de não conformidades encontradas durante o recebimento, como variação na coloração do produto, embalagens danificadas, ou temperatura fora do padrão.
Produção: Registro do histórico da produção da empresa. Deve ser feito para cada tipo de produto que a empresa produz e deve incluir:
o dia da produção;
o lote do produto;
a quantidade produzida;
as matérias-primas utilizadas;
a identificação de seus lotes;
além de eventuais problemas que possam ter ocorrido no processo.
Destino: Registro do destino do produto. Deve incluir:
para quem foi vendido;
quais os produtos foram vendidos;
as quantidades vendidas;
e os números dos lotes.
Outras informações essenciais que devem ser registradas são a razão social e CNPJ da empresa e informações para contato, como endereço, telefone e endereço eletrônico.
Também é importante ter uma operação de certificação, que consiste em aplicar um conjunto de medidas que vão permitir a auditoria de um processo ou de um produto para atestar algo a respeito do processo de produção, do produto, da qualidade ou da origem do mesmo. Nesse sentido, a norma ISO 22005 apresenta os princípios e especifica os requisitos básicos para o planejamento e implementação de um sistema de rastreabilidade de alimentos (e rações), para garantir a tipicidade, autenticidade, caracterização geográfica e/ou de produção e rastreabilidade em toda a cadeia de suprimentos.
Esperamos ter esclarecido algumas questões sobre os sistemas de rastreabilidade de alimentos. Sempre que precisar, conte com a Pratic!
Fonte: Ifope
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