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Diferenciais de Biosseguridade em Granjas e Fábricas de Rações

  • Foto do escritor: Fabíola Dias
    Fabíola Dias
  • 24 de set.
  • 2 min de leitura
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O Brasil ocupa posição de liderança global na produção e exportação de proteína animal. Avicultura e suinocultura são cadeias robustas, sustentadas não apenas por tecnologia e escala produtiva, mas principalmente pela confiança internacional em nossos padrões sanitários.


Esse nível de confiança só é possível porque o país adota protocolos de biosseguridade mais rígidos do que muitos parceiros comerciais. As medidas preventivas, por vezes vistas como barreiras exageradas por visitantes estrangeiros, são a chave para manter o status sanitário privilegiado e abrir portas para mercados exigentes como União Europeia, Japão e Oriente Médio.


Granjas e fábricas de rações são os dois ambientes mais sensíveis da cadeia. As granjas concentram alta densidade animal, o que aumenta a vulnerabilidade a surtos. Já as fábricas de rações, por sua função de distribuição, representam potenciais multiplicadores de risco. Por isso, ambas operam sob sistemas integrados de controle, alinhados às diretrizes do MAPA e da ABPA.


Diretrizes da ABPA e do MAPA

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) definem protocolos que devem ser seguidos em toda a cadeia produtiva, do transporte à produção. Entre os principais pontos, destacam-se:


  • Barreiras físicas e restritivas: cercas perimetrais, sinalização clara, portarias monitoradas e zonas de quarentena para veículos e materiais.

  • Controle rigoroso de acesso: registros de entrada e saída, obrigatoriedade de EPIs, pedilúvios, rodolúvios, arcos de desinfecção e controle informatizado do fluxo de pessoas.

  • Fluxo controlado de pessoas e insumos: vestiários de barreira com troca completa de vestimentas e calçados; em granjas de alto risco, banho obrigatório para ingresso em áreas de produção.

  • Monitoramento e vigilância sanitária: amostragens periódicas, diagnósticos laboratoriais de rotina e vigilância epidemiológica ativa, com notificação imediata de qualquer suspeita.

  • Planos de contingência e biossegurança integrada: contenção em caso de suspeitas, segregação de áreas afetadas, abate sanitário quando necessário e sistemas de comunicação rápida com autoridades sanitárias.


Essas diretrizes não são opcionais: são condição essencial para a competitividade internacional. Sem elas, o Brasil não manteria acordos de exportação que sustentam grande parte de sua balança comercial.


Responsabilidades das Fábricas de Rações

Nas fábricas de rações, a biosseguridade é construída em múltiplas camadas de proteção, desde o recebimento das matérias-primas até a entrega final ao cliente. Entre as principais medidas, destacam-se:


  • Controle de fornecedores: auditoria e homologação de parceiros, exigência de certificações e origem rastreada dos insumos.

  • Higienização de veículos e cargas: áreas específicas para lavagem, desinfecção e monitoramento de entrada/saída, com registros eletrônicos.

  • Zonas críticas com acesso restrito: armazenagem, silos, linhas de produção e expedição operam sob monitoramento contínuo.

  • Controle integrado de pragas: barreiras físicas, armadilhas, inspeções periódicas e registro sistemático das ocorrências.

  • Treinamento e capacitação: programas constantes em Boas Práticas de Fabricação (BPF), protocolos de biossegurança e simulações de emergência.

  • Higienização e manutenção preventiva: calendários fixos de limpeza de equipamentos, filtros e dutos, com validação microbiológica.

  • Rastreabilidade completa: cada lote de ração deve ser rastreado até a origem da matéria-prima e ao destino final.


Assim, a fábrica deixa de ser apenas um ponto de produção e passa a atuar como barreira sanitária para toda a cadeia produtiva.


Fonte: Avisite

 
 
 

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