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Por leite mais sustentável, empresas se aliam a produtores brasileiros

  • Foto do escritor: Fabíola Dias
    Fabíola Dias
  • 23 de out.
  • 2 min de leitura
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Empresas de todo o mundo estão firmando parcerias com produtores de leite brasileiros, com o objetivo de apoiá-los a fazer mudanças e ajustes necessários para reduzir suas emissões de GEE (gases do efeito estufa) e melhorar a qualidade de sua produção.


A prática quer atender a uma demanda do mercado externo - países da Europa, por exemplo, têm imposto critérios mais rigorosos para a importação de produtos de origem animal, buscando empresas que minimizem o impacto ambiental na cadeia produtiva e garantam o bem-estar animal - e pelo fato de a sustentabilidade ter se tornado um diferencial no mercado, já que produtos sustentáveis podem ser vendidos com maior valor agregado.


Um exemplo é a Jornada Flora, conjunto de ações da Danone Brasil em parceria com produtores brasileiros, que busca promover práticas regenerativas eficientes. O objetivo é reduzir a pegada de carbono da empresa e ajudar produtores brasileiros a aumentar sua produção de leite e rentabilidade com práticas sustentáveis. A empresa tem como meta atingir a neutralidade de suas emissões de carbono até 2050. As iniciativas vão desde treinamentos, facilitação de linhas de crédito, plantio de árvores e até uma central de compras de insumos para negociações coletivas.


Outra empresa que firmou parcerias com produtores de leite é a Nestlé, que também busca se tornar Net Zero até 2050. Atualmente, 70% da pegada de carbono da Nestlé vem do campo, sendo a produção de leite responsável por metade desse total.


Por meio do programa Nature por Ninho, lançado há cerca de 15 anos, a Nestlé incentiva mais de mil fazendas a adotarem práticas regenerativas. As propriedades parceiras recebem bonificação proporcional ao nível atingido no programa — Bronze, Prata, Ouro ou Diamante — com base na implementação de ações voltadas ao bem-estar animal, manejo sustentável do solo e gestão hídrica.


Segundo a Danone, desde o início da Jornada Flora, há cinco anos, as iniciativas do programa possibilitaram um aumento de 15% na produtividade por vaca, 26% de crescimento médio na produção diária de leite e um aumento médio de 22% na renda dos agricultores. A medição da pegada de carbono nas fazendas é realizada anualmente, em uma avaliação conduzida por uma consultoria especializada em parceria com o Sebrae.


Como funciona a seleção

Para selecionar produtores parceiros, as empresas realizam o mapeamento das fazendas fornecedoras. Em seguida, os produtores selecionados recebem capacitação técnica voltada para três áreas: gestão das fazendas, manejo animal e bem-estar animal. O treinamento é personalizado e conduzido por especialistas e parceiros como Sebrae, Embrapa e consultorias técnicas.


O foco é garantir que os produtores tenham conhecimento e ferramentas para tomar melhores decisões, aumentar a produtividade e promover o cuidado com os animais — tudo isso dentro de um modelo que une rentabilidade e responsabilidade socioambiental.


Fonte: Ecoa

 
 
 

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