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Consumo e produção de alimentos de origem animal devem crescer até 2034

  • Foto do escritor: Fabíola Dias
    Fabíola Dias
  • 18 de jul.
  • 2 min de leitura
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O consumo global de alimentos de origem animal deve continuar em trajetória de alta até 2034, impulsionado principalmente pelo crescimento populacional, pelo aumento da renda e pela urbanização em países em desenvolvimento. É o que mostra o relatório OECD-FAO Agricultural Outlook 2025-2034, divulgado nesta semana pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o documento, as economias emergentes liderarão a expansão tanto do consumo quanto da produção de proteínas animais, com impactos relevantes sobre segurança alimentar, sustentabilidade e comércio internacional.


De acordo com o relatório, o consumo per capita global de calorias provenientes de alimentos de origem animal (como carne, leite, ovos e pescado) deve crescer 6% ao longo da próxima década. O destaque, no entanto, está nos países de renda média-baixa, onde o avanço pode chegar a 24%, alcançando uma média diária de 364 kcal por pessoa. Esse crescimento reflete não apenas o aumento populacional nessas regiões, mas também a mudança de hábitos alimentares associada à urbanização e à melhora do poder de compra.


Apesar dos avanços, o consumo em países de baixa renda ainda permanecerá aquém do recomendado. A ingestão média diária prevista nessas regiões é de 143 kcal de alimentos de origem animal, número bem abaixo das 300 kcal indicadas pela própria FAO como parte de uma dieta saudável. Essa disparidade ressalta a necessidade de políticas públicas voltadas à inclusão nutricional e ao acesso a alimentos ricos em proteína, especialmente entre as populações mais vulneráveis.


No campo da produção, o relatório estima um aumento global de 14% na oferta de produtos agrícolas e pesqueiros até 2034. Esse crescimento será liderado pelas economias em desenvolvimento, que devem registrar os maiores ganhos de produtividade. Especificamente na produção de alimentos de origem animal, espera-se uma expansão de 17%, com destaque para carne, leite e ovos. Curiosamente, esse incremento ocorrerá com um aumento relativamente modesto de 7% no número total de animais de produção, indicando ganhos de eficiência e uso de tecnologias que aumentam a produtividade por animal.


Em contrapartida, o crescimento da produção trará consigo um aumento de 6% nas emissões diretas de gases de efeito estufa associadas à agricultura e pecuária. No entanto, a intensidade de emissões por unidade produzida deve continuar em queda, sinalizando avanços em práticas mais sustentáveis. O relatório ressalta que a adoção mais ampla de tecnologias de baixa emissão — como manejo de nutrientes, pastagens melhoradas, agricultura de precisão e compostagem — pode reverter essa tendência e até reduzir as emissões em termos absolutos.


O relatório faz um chamado a formuladores de políticas públicas e agentes privados: é essencial manter os mercados abertos, investir em inovação tecnológica no campo, apoiar os pequenos produtores e acelerar a transição para práticas produtivas sustentáveis. Com planejamento, cooperação internacional e apoio técnico, é possível responder à crescente demanda por alimentos de origem animal sem comprometer o meio ambiente ou a segurança alimentar das gerações futuras.


Fonte: Feed Food

 
 
 

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